quinta-feira, 16 de maio de 2024

Seduzida pela noite... nos braços de outro homem


 Seduzida pela noite...

nos braços de outro homem

 

Amanda R. G.

São Paulo - SP

Nascimento: 1990

Acontecimento: 2019

  Passados quase cinco anos do ocorrido, acredito que já posso falar a respeito, mas falar sem correr o risco de ser identificada, porque as lembranças, essas ainda estão quentes, não sendo nenhum exagero eu dizer: parece que foi ontem.

Nascida no ano de 1990, casei-me aos 23 anos de idade, com o meu segundo namorado, um colega de faculdade. Não foi o meu primeiro homem, mas foi a quem me entreguei de corpo e alma, apaixonada, super apaixonada, com a certeza de ter nele o homem da minha vida.

E ele é o homem da minha vida, mas...

Nove anos de casada, um lindo casal de filhos crescendo num ambiente alegre, harmonioso, cheio de festividade. Nada faltava às crianças, fazia de tudo para nada faltar ao marido, e nada me faltava, nem mesmo um bom emprego, no qual eu já estava fazia quatro anos.

Salviano, meu colega, grande companheiro, também casado, também pai de duas crianças, o colega de trabalho que toda mulher quer ter. Nenhuma tentativa para cima de mim, nenhuma piadinha indiscreta ou com segundas intenções, nenhum convite que não fosse simplesmente tomar um lanche, oferecer uma carona, conversar sobre o nosso trabalho, nossa família.

O jantar de final de ano da firma... a noite.

Eu tinha combinado e aceitado a carona de volta para casa com ele porque sabia que ele mal bebe uma taça de vinho, podendo dirigir sem problema, enquanto que eu, com uma simples taça já perco a noção das coisas.

Confiança em um amigo... era o sentimento.

Salviano não bebeu mais que uma taça, bebi menos que isso, mas deixamos o local da inebriados. Na verdade, a embriaguez começou ainda no restaurante, com seu pátio extenso, num lugar alto, a vista para uma rodovia, mas ao longe a cidade, luzes, carros, noite.

Alguma coisa começou a me agitar quando, terminada a festividade, saímos para tomar ar fresco, ver as estrelas no céu, despedir dos outros colegas, procurar pelo carro dele. Alguma coisa me agitava, me excitava, e excitava a ele também.

Mas não era excitação sexual, ainda não. Era um tipo de euforia, de expectativa, de uma certeza de que alguma coisa podia acontecer.

Uma excitação por algo que eu podia fazer.

Mas eu não sabia o que era, ainda não sabia.

...

O carro flutuando na rodovia, o Salviano dirigindo com atenção, outros carros, luzes, a cidade. Não falávamos nada, e quando falamos, foi decisivo.

- Está cedo ainda, não?

- Está mesmo. Pensei que o jantar fosse demorar mais.

- Eu também. Você tem horário para chegar em casa?

- Horário não. Só tenho de chegar... e você também.

- É. Mas está cedo e...

- E...? No que você está pensando?

Ele apenas mostrou com a cabeça.

- Entra. - consenti.

Minutos depois estávamos isolados do mundo naquele quarto de motel, um ambiente de luxo, embriagante, mais inebriante do que a própria noite.

- A gente é louco. - lembro que ainda falei, em pé no meio do quarto, diante dele, olhando nos olhos dele.

- Somos? - ele perguntou, me tomando pela cintura.

Um primeiro beijo.

Em segundos estávamos nus, com a fome de dois adolescentes que não têm tempo a perder.

- A gente é louco. - eu repetia, sendo empurrada carinhosamente contra a grande cama, colocada deitada, escalada, trepada.

Salviano em cima, procurando me penetrar o mais rápido possível, com medo, talvez, que eu me arrependesse, mudasse de ideia.

Mas o que eu menos queria naquele momento era mudar de ideia.

Abri as pernas.

Soergui o quadril, me oferecendo.

Senti a lança aguda rasgando, penetrando a minha carne.

Eu era só umidade, uma poça de umidade.

Abracei-o forte, com os braços e com as pernas, puxei-o contra o meu corpo, para dentro do meu corpo.

Salviano socava com suavidade, dilacerando com todo o amor do mundo o meu sexo ardente. Seu pênis rígido, volumoso... me atingia no útero, além do útero.

Seu esperma me inundou, não se segurou muito tempo, a vontade, a excitação, a novidade de algo diferente.

Tratei de chegar ao ápice também, mexendo e remexendo o quadril, me socando contra o seu falo, deixando escapar descontrolados gemidos, verdadeiros grunhidos, e pedindo:

-Vai! Vai! Vaaaaaaaaiiii!

...

- Desculpa! - ele balbuciou, ainda ofegante.

- Desculpar do quê?

- Às vezes sou meio rápido assim mesmo.

- Normal. Você foi, eu fui... e foi muito bom.

- Prometo ir com menos fome na segunda.

- Que segunda, homem? Precisamos ir pra casa.

- Você disse que não tinha horário.

- Sim. Mas não vamos passar a noite aqui, não é?

- Mais uma, então.

- Só mais uma, só mais uma.

...

Em casa

...

Na volta das férias, no serviço.

- Salviano. Antes que você fale alguma coisa. Vamos esquecer aquilo, tá bom?

- Esquecer como? Foi a maior emoção da minha vida.

- Eu sei. Para mim também foi. Mas não vai acontecer mais, não é certo. E não se fala mais nisso. Combinado?

- Combinado. Eu entendo.

...

Hoje, passados cinco anos, continuamos colegas de trabalho, compartilhamos a mesma sala, os mesmos lanches e almoço, o mesmo carro nas caronas, mas nunca mais a mesma cama. Sequer tocamos mais no assunto.

Restou para mim, e sei que para ele também, a lembrança daqueles momentos em que fomos embriagados pela noite... momentos maravilhosos e inesquecíveis.

 

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