sábado, 11 de maio de 2024

Punhetando amigos... é cada história!

 Punhetando amigos... é cada história!



Bati uma para o meu amigo
no estacionamento da firma
 
Luciana B. J. (2004) – Santo Amaro – São Paulo – SP
 
Tal fato ocorreu em dezembro do ano passado (2023), e não mais se repetiu.
Tenho um mesmo namorado desde os meus 15 anos, adoro ele, ele me adora, morre de medo que eu pise na bola com ele, vive me perguntando, se já o traí alguma vez.
Sempre juro que nunca traí, e nunca traí mesmo, nem nunca pensei em fazer tal coisa, com quem quer que fosse.
Mas...
Em setembro do ano passado comecei a trabalhar numa firma aqui mesmo no meu bairro, conheci o Davilson e logo desenvolvemos uma grande amizade. Mas era só amizade mesmo, de estar sempre conversando, almoçando juntos, e ele até me dando umas caronas na volta para casa, de vez em quando.
E só isso, até que:
Em dezembro teve a festinha de encerramento do ano, troca de amigo secreto, tudo ali mesmo, na firma. Eu nem ia ficar, mas como fiquei, pretendia sair logo, pegar o ônibus e correr para casa.
- Fica. Te dou carona depois.
- Tá bom!
Tomei champanhe, fiquei mais alegrinha, e lá pelas nove da noite começou todo mundo a ir embora. Caminhei com ele até o estacionamento, fomos conversando, paramos perto do carro.
- Vou te levar para um motel.
- Para com isso!
- Nenhuma chance?
- Nenhuma.
- Nem mesmo um beijinho?
- Tá bom!
Um beijinho virou dois, dois beijinhos viraram três, e quando vi, na efervescência da coisa, ele pegou a minha mão e...
- Mas... você tirou! Esconde isso.
- Pega ele.
- Não. Vamos embora.
- Pega! Por favor, pega!
Sempre punheto o meu namorado... sempre que não podemos transar, ele gosta muito.
Então... de repente, eu já estava punhetando o meu colega como se estivesse punhetando o meu namorado... parecia igual.
Fui manuseando, apertando, acelerando.
- Te quero!
- Não!
- Me dá ela!
- Não! E me solta, se não, eu paro.
- Me dá.
- Tira a mão! Me solta! Se quiser, é assim.
Ele quiseu... quer dizer, quis. Ficou convencido que ou era só a punheta ou era nada. Se deixou levar, deixou eu punhetar.
Eu olhava em volta, com medo que chegasse alguém, e punhetava, punhetava, até que...
- Porcão! – falei, como sempre falo para o meu namorado, quando senti a mão cheia de porra.
Minha sorte... gente se aproximava.
Limpei mais ou menos a mão numas folhas, acabei de limpar num pano dentro do carro, enquanto ele dirigia, meio apressado.
E foi só aquela vez. Ele até tentou conversar, ainda no carro, e na firma, depois das férias coletivas, mas fui cruel (palavra dele):
- Se quiser continuar sendo meu amigo... esquece.
Ele não esqueceu, tá na cara que não esqueceu, só não teve... não tem, é coragem de tentar novamente. 



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