sábado, 25 de maio de 2024

O Detetive Carlos em: Um carnaval diferente - Parte III

O Detetive Carlos em:
Um carnaval diferente

 

Danpholias B. T. (1980) – São Paulo – SP
Transcrito por Anna Riglane

 

 Parte III

Final


Segunda-feira - Manhã

Curiosidade, curiosidade
 

Passei quase a noite toda sem dormir direito, pensando no que eu tinha visto lá naquela casa dos fundos.
E dei a sorte, acho que foi sorte, de encontrar a Izabela no quintal na manhã do domingo.
Estava pensando em subir a escada para espiar o quintal do outro lado, quando dei de frente com ela.
E não foi por acaso, ela estava à minha procura.
- Todo mundo dormindo, menos você. - falei, para logo depois me lembrar da sua antipatia.
E ela não tardou em me mostrar.
- Este é um problema meu, não acha?
- Poxa! Eu só...
- E também é um problema meu o que eu faço ou deixo de fazer, não é?
- É! Claro que é! Mas eu...
- Então não há motivos para o senhor ficar me vigiando pelo quintal, não é?
- Vigiando... mas...
- Foi por isso que levantei cedo.
- Não entendi.
- Levantei cedo, antes que você fale para todo mundo o que viu nessa noite.
- O que eu vi... mas o que foi que eu vi?
- Deve estar pensando que sou uma vaca, não é? Noiva de um, indo com outro. Mas eu não sou uma vaca, eu...
E então vi a coisa toda se transformar.
Izabela caiu em choro descontrolado e até aceitou os meus braços e o meu peito para lamentar a sua sorte.
- Eu só vou com ele porque ele está me chantageando. - ela disse, levantando a cabeça, depois de um bom tempo chorando.
Chantageando... mas por que ele está te chantageando?
E então, depois que nos sentamos num banco, ela me contou.
- Uma vez, não sei o que me deu na cabeça, acho que levada por coisas que minhas amigas diziam que faziam, entrei numa sala de bate papo, conheci um cara e transei com ele.
- Transou...? Transou como?
- Foi tudo pela internet, transa virtual, entende?
- Já existe isso, agora? - perguntei, e quase a vi sorrir.
- É a maior bobice, mas existe... só fiz uma vez... e me arrependi muito.
- Mas como isso acontece... como foi?
- Ah! Acho que você sabe... a gente fica se mostrando, falando coisas, tudo como se estivesse transando, e...
- E...?
- E fica se masturbando, entendeu?
- Acho que agora entendi.
- Então... e agora ele fica me chantageando... primeiro ele queria só dinheiro, mas agora também quer... você viu.
- Eu não vi nada.
- Viu sim. Pensa que não vi a sua cara na janela?
- Está certo, confesso. Mas, já que você sabe que eu vi, então me fale uma coisa.
- O quê?
- Por que... por que só na... só atrás?
- Porque sou virgem ainda. Tenho um pacto com o meu noivo de chegar virgem ao altar... Ele quer um casamento bem tradicional, entende?
- Entendo. Mas o outro... o chantagista, ele não quis tirar a sua virgindade?
- Ele queria. Mas falei que fosse assim ele podia contar pra todo mundo e...
- Espere um pouco... mas o que acontece se ele contar para alguém? Você pode dizer que é mentira e...
- Mas ele tem tudo gravado, os vídeos, a minha voz...
- Vídeos... vídeos de você mexendo na...
- Extamente.
- Poxa!
- Poxa, o quê?
- Bem que eu queria ver.
- Ah vai... seu besta! Mas... bem que você podia me ajudar.
- Ajudar como?
- Pega os vídeos... bate nele... mata ele.
- Tá doida? Sou motorista e consertador de coisas, não sou sou assassino.
- Se você me ajudar eu...
- Você... o quê?
- Ah...! O que você quer para me ajudar?
- O que eu quero... Bom... Que tal aquilo que você estava dando pra ele?
- Eu dou.
- Dá mesmo?
- Dou.
- Mas não vai ser daquele jeito, com aquela frieza toda... vai?
- Ah! Tá vendo como você estava olhando?
- Estava mesmo... mas, então vamos.
- Vamos aonde?
- Pode ser ali, no barracão?
- O quê que pode ser lá?
- Você não vai dar?
- Eh...! Mas é só depois que você me ajudar.
 
(...)
 
Que merda!
Eu já estava de pau duro, pensando na bundinha da Izabela.
E foi pensando na bundinha dela que descasquei mais algumas, no decorrer do dia.
Mas pensava também numa maneira de como tornar aquilo realidade... quer dizer, como acabar com a chantagem que ela estava sofrendo.
A chantagem que a tornava ranzinza, pois logo descobri que era bem simpática.
 
 
Segunda-feira - Tarde
Mais atenção no serviço
 
Aquela conversa com a Izabela foi logo cedinho, depois ela entrou e eu também, para o barracão, para pensar na sua promessa, para lembrar a Daniele naquele sofá, Daniele e o cachorro... Daniele sem o cachorro... acabei adormecendo.
Era um pouco depois das onze, todo mundo recolhido ainda, quando fui rodear a Cristina... quer dizer, fui rodear o almoço que a Cristina estava preparando.
Mas aproveitei para rodear a Cristina também, enquanto me deliciava com uma sopa que ela havia acabado de preparar.
- Toma. Vá se entretendo com isso aí que depois te dou o principal.
- Você me dá o principal?
- Pode parar! Não começa com essas conversinhas, não.
- Poxa! Só o Romildo é que pode, é?
- Só... quer dizer, ninguém pode, só o meu marido. Sou muito fiel.
- Deus tá vendo.
- Quer que eu te dou com essa panela na cabeça?
- Não. Quero que você me dê outra coisa.
- Escuta... afinal, o que é que você anda fazendo nessa casa? Me fala!
- Nossa! Que mudança de assunto!
- Não mudei nada. Mas me fala por que o patrão te colocou aqui. Para consertar coisas eu sei que não é.
- E não é mesmo.
- Eu sabia.
- Ele falou... fica lá na casa e descubra se o motorista anda comendo a cozinheira... porque só eu posso comer e...
- Cala essa boca, homem! Estou falando sério... Ele te mandou aqui para vigiar outra pessoa, não é?
- Que pessoa?
- Não sei... Qual pessoa o patrão teria interesse em vigiar, se não a própria mulher?
- Isso é você quem está dizendo.
- Estou dizendo, sim, e afirmo. E afirmo mais... não descobriu nada ainda, não é.
- Mas tem alguma coisa para descobrir?
- Não sei. Só sei que vocês, homens, são todos uns bobocas. As coisas acontecem debaixo dos vossos narizes e vocês não veem.
- Mas que coisas... do que você está falando?
- Não estou falando nada. E o detetive é você, não eu.
Detetive...
 
(...)
 
Bom... comi.
Comi a sopa, comi o prato principal, conforme a Cristina ia preparando, mas não consegui, de modo algum, que ela revelasse o que sabia sobre a mulher do patrão.
Chegamos ao ponto em que ela começou a negar que soubesse alguma coisa e que só havia dito aquilo para me fazer revelar a minha verdadeira função ali na casa.
Resolvi mudar de tática.
Levantei-me para colocar o prato sujo e os talheres na pia e aproveitei que ela estava com as duas mãos ocupadas para lhe agarrar por trás, abraçando-a e apertando seus seios e sua xoxota ao mesmo tempo.
Ela estava de calça comprida, mas o modo como agarrei seu sexo a fez estremcer, perder o controle.
- Para com isso, homem!
- Não paro. Vou te apertar, te chupar...
- Para...! - ela reagiu, empurrando-me com a bunda, o que só piorou (ou melhorou) as coisas.
- Hum...! Quer dar ela pra mim, quer?
- Para, homem! Você acabou de comer.
- Mas quero comer mais.
- Vai ter um troço.
- Não me importo.
- Vem gente aí. Para! Pelo amor de Deus.
- Não paro... quero você.
- Depois... mas agora me larga.
- Depois quando?
Depois... noutro dia... Aqui não.
- Tá bom... eu paro. Mas me fale o que você sabe.
- O que eu sei...? O que eu sei é que você precisa prestar atenção nas coisas. Só isso.
Larguei-a.
Já começava aparecer gente pelo quintal, pessoal rodeando o almoço.
Voltei para o barracão com a cabeça a mil.
Certo que a Cristina devia saber alguma coisa, pois estava há mais tempo na casa.
Mas o que era?
Por que ela disse que as coisas acontecem debaixo dos nossos narizes e não vemos?
Por que ela falou que eu devia prestar mais atenção?
Atenção no quê?
Eu não via a Dona Laura sair de casa.
Ela passava a maior parte do tempo com aquela sua amiga.
Só se...
Não. Eu ja havia pensado nisso e não acreditava que Dona Laura fosse lésbica, não tinha jeito de ser.
Talvez... me ocorreu então, ela saísse de casa secretamente, com a ajuda da amiga.
Enquanto todo mundo pensava que as duas estavam lá para dentro, ela ganhava a rua.
Mas como?
Realmente, eu tinha de prestar mais atenção. Não ficar tanto atrás da Daniele, da Izabela, da Cristina... e prestar mais atenção.
 
(...)
 
Mas como prestar mais atenção no serviço, como ver as coisas que acontecem debaixo do nariz, se aquela foi outra tarde no paraíso... ainda que um paraíso pra eles e não para mim, mero expectador.
O noivo da Izabela compareceu novamente e ela parecia mais alegre, mais afetiva, talvez na esperança de que eu pudesse e fosse mesmo fazer alguma coisa por ela.
A moça mais velha, cujo nome não consegui guardar, havia reunido as amigas e novas amigas, que antes eu não tinha visto.
O menino Daniel não ficou fazendo revezamento com a loirinha e a moreninha... ele simplesmente subiu com as duas para o quarto.
Mas não fui ver.
Primeiro porque não adiantava ir lá na janela e ver sem ver.
Segundo, por causa da visão de corpos, seios, nádegas, bundas, coxas, casais aos beijos, na piscina, fora da piscina, pelos cantos, entre os arbustos.
E terceiro porque a menina Daniele foi me levar uma cerveja lá dentro do barracão.
- Está sozinho aqui. Não quer ir lá fora, com o pessoal?
- Melhor não. Não fica bem... mas, você está querendo usar o sofá, é isso?
- Não. Claro que não... Hoje não... Tchau. - ela falou e foi saindo, olhando para trás de um jeito que eu já não sabia se bebia a cerveja ou se batia uma punheta.
Fiz as duas coisas e voltei a olhar o movimento lá fora, sempre através do vão da porta ou de alguma fresta.
E foi então que vi a Dona Laura recebendo um telefonema e logo entrando para dentro da casa.
Daqui há pouco o carro com a sua amiga vai chegar... e por certo vai levar a Dona Laura embora. Preciso ver como ela entra no carro, preciso seguir o carro... - fui pensando, falando sozinho, e me esgueirando pelos arbustos e muros até dar a volta na casa.
Não adiantou. O carro já havia saído, o portão já ia se fechando.
Passei um bom tempo examinando portas, janelas, buscando por uma passagem secreta, mas não vi nada, nenhum local por onde a mulher pudesse ter saído.
O jeito é esperar pela volta do carro. - pensei.
Mas não pude esperar.
 
 
Segunda-feira - Noite
O paraíso existe
 
O movimento e o burburinho da tarde foram entrando pela noite, a festinha foi se animando e, depois, com o passar das horas, se amainando, as pessoas cansadas, algumas um tanto caídas pela bebida, outras, como a moreninha e a lorinha, pelas longas horas no quarto do moleque, a mãe veio buscar, um e outro foi tomando o caminho de casa...
Um fim de festa.
Noite linda, e eu de plantão, esperando a Dona Laura chegar no carro da amiga.
Mas já passava das onze horas e nada dela chegar.
 
(...)
 
Quem chegou foi a Daniele.
Eu estava num ponto estratégico, com visão para toda a parte frontal do quintal, o portão e o pátio dos carros, quando cheguei a levar um pequeno susto com a visão de um moleque que surgiu bem ao meu lado.
Estava de boné, camiseta regata, bermuda...
- Mas... mas é você, menina? O que está fazendo aqui fora?
- Estou sem sono.
- Mas por que está vestida assim?
- Assim como? Estou normal.
- O boné, o cabelo preso... Parece um trombadinha.
- Vai ver que me deu vontade de ser moleca.
- Vontade de ser moleca?
- É! E vontade de outra coisa também.
- Que outra coisa?
- Ir lá no barracão.
- Ah tá. Pode ir... ainda vou ficar aqui por mais um tempo.
- Vai, não.
- Não? E por que?
- Porque você vem comigo.
- Menina...!
 
(...)
 
A primeira vez de Daniele
 
De repente eu nem podia acreditar.
Eu e o moleque... quer dizer, eu e a menina vestida de moleque naquele barracão, isolados de tudo e de todos, apenas uma lampadazinha a nos iluminar.
Eu não sabia direito o que ela queria comigo, não sabia até onde ela pretendia chegar, mas tratei de descobrir.
A primeira coisa que fiz foi sentá-la no sofá e me colocar no lugar do cachorro.
Só que o cachorro já ia direto na xoxotinha, enquanto que eu fui começando pelo rostinho, pela boquinha, logo passando pelos peitinhos e...
Levei pouco tempo para deixar a menina nua, inteiramente nua.
Levei uma eternidade beijando, lambendo e chupando cada parte daquele seu corpinho maravilhoso... em especial, uma certa parte.
E foi essa parte que ela me ofereceu.
- Come ela...!?
- Mas só vou comer.
- Mas vai devagar, tá bom!?
Mas só fui devagar.
Ela já tinha providenciado as camisinhas, nem usei as minhas.
E então, ela ainda sentada, eu ajoelhado entre as suas coxas, o pau encamisado, ela olhando com curiosidade...
 
(...)
 
Pouco tempo depois, era eu quem estava sentado no sofá, ela ajoelhada em cima, subindo e descendo, cavalgando.
- É o maior gostoso. - ela dizia, o tempo todo.
- Jura que você nunca tinha mesmo transado?
- Nunca. Nunca. Mas quero transar muito mais com você, muito mais.2
 
A esperteza de Daniele
 
As luzes do quintal já estavam todas apagadas, quando conduzi Daniele de volta à entrada da cozinha da casa.
Até o quartinho da Cristina já estava escuro e...
A menina entrou, feliz, corri até o ponto onde eu podia ver o quarto da Dona Laura... estava escuro também, ela já havia voltado, sua amiga e cúmplice já tinha ido embora.
A menina Daniele havia sido esperta em me afastar do quintal.
Mas seria mesmo verdade que ela tinha me entregado a sua virgindade para proteger a mãe?
Coisa maluca!
Não acreditei nisso.
Devia ser coincidência apenas.
 
(...)
 
Dormi, derrubadaço, depois das vigorosas transas com a menina.
Coisa maravilhosa tornar uma menina mulher, tirar sua virgindade!
Casei com a minha mulher na confiança que ela fosse virgem, ela sempre me afirmou que era.
Mas também sempre tive minhas dúvidas, pois ela já tivera outros namoros...
Sempre acreditei duvidando.
Mas a Daniele... nem mesmo um beijo ela havia trocado.
Valeu.
Mesmo que eu não comesse a Cristina, mesmo que eu não enrabasse a Izabela, já tinha valido a pena, eu já estava realizado, mais que realizado.
Só precisava descobrir o segredo da Dona Laura.
Era o meu serviço, o meu carro, o dinheiro.
 
Terça-feira - Manhã
A segunda vez de Daniele
 
E fiquei mais realizado ainda quando, na terça-feira logo cedo, enquanton eu planejava subir na escada para ver o quintal vizinho, quem eu vi foi a Daniele em volta da piscina, usando apenas um biquíni.
Na prática, eu estava a caminho da cozinha para comer a Cristina... quer dizer, para que ela me desse o café da manhã.
Foi quando vi a menina.
- Já vai mergulhar? - perguntei,
- Vou não. Ainda está cedo, a água está fria.
- Mas o que foi, então... não conseguiu dormir?
- Pelo contrário. Dormi feito pedra. Mas é que eu quero dormir mais.
- Não entendi.
- Vamos lá no barracão.
- No barracão... no sofá?
- É. Igual ontem.
Mas não fomos no barracão e nem fizemos igual ao dia anterior.
No barracão havia o risco de a Cristina perceber.
Levei a menina até a casinha dos fundos, lá onde eu tinha visto a sua irmã Izabela.
- Só que hoje não estou vestida de moleque. - ela disse, à minha frente, já desamarrando o laço que prendia a calcinha do biquíni.
- Não está vestida de moleque? - acrescentei, sem me dar conta de que ali estava a chave do mistério da mulher do patrão e suas escapadas.
Mas essa possível descoberta ficaria para depois.
Naquele momento, naquela casinha, sobre aqueles móveis velhos cobertos por lençóis brancos, tudo o que eu tinha a fazer era apreciar aquele corpinho da menina Daniele.
Beijar sua boquinha.
Mamar seus peitinhos.
Mordiscar seus biquinhos.
Lamber sua xoxotinha...
E sentir os lábios de Daniele beijando pela primeira vez a cabecinha de uma pau.
Sua boquinha chupando pela primeira vez.
E Daniele me cavalgando.
Daniele deitada e eu por cima... papai e mamãe.
Daniele de quatro.
- E essa bundinha?
- Eu quero, mas não hoje.
Não podíamos ficar ali por mais tempo, podíamos ser vistos.
Ela caminhou de volta por um lado do quintal.
Fiquei ali por mais um tempo, olhando aquela bundinha...
 
Terça-feira - Tarde
A grande descoberta
 
Eu estava entretido com as pessoas no quintal, um tanto menos que nos outros dias, e completamente esquecido da razão pela qual eu estava por ali, que até esqueci de vigiar a chegada da amiga e a fuga da Dona Laura.
Quando vi, a mulher já tinha chegado e, por certo, a Dona Laura já havia se mandado para a sua aventura sexual.
As horas passaram, a Daniele me levou uma cerveja no barracão, trocamos algumas carícias, nos prometemos outros momentos, ela saiu, fiquei olhando o seu corpinho gostoso, lembrei da primeira vez, quando ela se vestiu de moleque...
E tive um estalo, um insight... qualquer porcaria assim.
Liguei para o Dr. Paulo.
- Venha para casa, entre no quarto da sua esposa e vai pegar o amante dela.
Eu sabia que estava me colocando em risco, mas a minha intuição era tão grande que eu já tinha total certeza de que a amiga da Dona Laura era um homem.
- Jura que isso é verdade? Não pode ser um engano? Não vou quebrar a cara? - me perguntava o Dr. Paulo, eufórico, nervoso, feliz, suando.
Estava tão feliz que colocou na minha mão um monte de dinheiro e me mandou para casa.
- Pode ir para casa... o resto é comígo.
- Vá com calma, Doutor Paulo! Vá com calma!
Mas que calma, que nada.
O homem subiu direto para o quarto do casal e a casa virou um inferno.
Convidados foram embora, apressados.
Menininhas foram embora apressadas… algumas levantando a calcinha, imaginei.
Amassos foram interrompidos.
Parentes e amigos chegaram, todos querendo entender e ajudar.
O noivo da Izabela também chegou para saber o que estava acontecendo.
E até o chantagista, sem ter ideia de nada, resolveu aparecer de surpresa para pegar mais algum dinheiro da moça e, com certeza, dar-lhe mais uma enrabada.
Do meu barracão, eu me preparava para voltar para casa.
 
 
Terça-feira - Noite
Quase um grande final
 
Fugindo do reboliço que havia se formado na parte superior da casa e agora se espalhava pelos cômodos inferiores, Cristina foi se abrigar lá no barração, junto a mim.
- Eu sabia que qualquer dia isso ia acontecer.
Também fugindo do reboliço, Daniele foi se abrigar lá no barracão comigo e com a Cristina.
- Não acredito que minha mãe fosse capaz disso.
Incapaz de fugir do chantagistaque mesmo vendo aquele reboliço todo, ainda insistia em querer mais dinheiro e, de quebra, comer sua bunda, Izabela tentava fazer o rapaz ir embora quando, de repente, o noivo, que até então estava dentro da casa, tentando ajudar a consertar a situação, apareceu no quintal.
Izabela mijou de escorrer pelas coxas.
Tenho certeza que se mijou.
Não resisti, e fui em seu socorro.
Cheguei junto e contei a verdade para o noivo... mas expliquei que foi apenas uma brincadeira dela no bate papo, expliquei da chantagem, mas não falei das enrabadas, só do dinheiro...
Izabela já não estava mais só mijando... estava cagando nas calças, querendo me trucidar...
... quando o noivo disse que entendia... que também já havia feito coisa igual.
Daí, foi só ameaçar de chamar um policial, pois já haviam duas viaturas na frentemda casa, e o chantagista, um molecão inconsequente, se cagando também, jurou que traria os vídeos no dia seguinte.
- Mas depois eu quero ver. - ouvi o noivo falando para a Izabela, enchendo-a de carinhos, enquanto eu me afastava, me despedia da Cristina e da Daniele, e rumava para casa, encerrando a minha curta carreira de detetive.
 
(...)
 
Bom…
Tempos depois, ainda trabalhando para o Dr. Paulo, consegui um jeito de voltar algumas vezes à sua casa e…
A Dona Laura tinha sido expulsa e lutava na justiça pela sua parte nos bens.
A Izabela já estava de casamento marcado, não me ignorou, mas percebi que ela não estava a fim de cumprir a promessa... e achei que isso era mesmo o certo. Deixei pra lá.
A Cristina também não me ignorou, mas foi logo dando a entender que eu não tinha nenhuma chance com ela.
E a menina Daniele, que além de não me ignorar, ainda encheu-me de atenção... preferi deixá-la em paz com um namoradinho que havia arranjado.
Quanto ao menino Daniel… haja energia, pois seu quarto parece nunca estar vazio.





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