Bitransei
Luana C. G.
2007
Sexta-feira,
22 de março de 2024.
Um
dia que, com certeza, nunca mais esquecerei. Mas também nunca mais farei o que
fiz. Adorei, mas nunca mais farei. Não é da natureza. Ou será que é?
Estava
voltando da escola, caminhando descontraidamente pela calçada, quando ouço um
BIP BIP..., olho para o lado, e recebo um convite para entrar num carro.
-
Rica! Menino... há quanto tempo! Que surpresa gostosa!
-
Então entra aí.
Mais
que entrei. Sempre foi uma coisa tipo, assim, meio indescritível o meu fogo por
aquele menino.
E
sempre fiquei só no fogo, porque, simplesmente, ele namora uma amiga minha. Não
é a minha melhor amiga, mas é amiga, sei separar as coisas.
Sei?
-
Mudei para aqui perto, agora. Quer ir conhecer a minha casa?
-
Com certeza. Dar um abraço na dona Lila, no senhor Walter... só que não posso
demorar muito.
Dona
Lila, senhor Walter?
O
safado estava sozinho e, ao invés de mostrar o apartamento...
-
Mas Rica... isso não. Para... a gente não pode, eu não posso... mas... não...
Nesse
último não eu já estava meio deitada no sofá, ele estava tirando a minha
calcinha e já havia uma certeza de eu ia ser comida.
Fui
comida.
Não
sei se fui eu ou se foi ele quem abriu as minhas pernas, só sei que já vi a
lança dura, seu corpo por cima do meu...
Soltei
aquele longo e profundo gemido, quase um grito, que há tempos eu sonhava
soltar.
- Hummmmmm! Rica!
Riiiiiiica!
-
Lu... eu sempre te quis, Lu...
-
Verdade?
-
Verdade! Xaninha gostosa.
-
Te amo! Te amo! Vai! Vai!
Pena
que foi vapt vupt!
Pelo
meu gosto, pelo tanto que eu havia sonhado, foi vapt vupt, eu queria mais, muito
mais.
Mas
foi só o tempo dele gozar, eu gozar, dar aquela descansadinha eivada de mil
beijinhos apaixonados, e...
-
Preciso ir. – falei, empurrando-o de dentro, de cima, me levantando, e já me
preparando para ir embora.
Eu
tinha um bom motivo, sabia que tinha.
-
Fica mais.
-
Não posso. - falei, vestindo a calcinha.
-
Mas eu quero mais.
-
Eu sei... também quero. - arrumando a saia, o cabelo.
-
Noutro dia, então.
-
A gente vê.
-
Te levo.
-
Não precisa.
Tentei
dispensar a carona, mas não teve jeito. Eu sabia que podia dar galho, mas não
teve jeito, ele me trouxe e...
O
que eu mais temia: o Guiga, meu namorado, me esperando na porta do prédio.
-
Minha colega me deu carona.
-
Sua colega! Sua colega é homem?
-
Ôxe! É a Vânia. Ela tem jeito de homem, mas é só jeito. Vamos subir.
Subimos,
ele ainda desconfiado com a minha colega Vânia, perguntando porque eu tinha
demorado, mas...
Mal
entramos no apartamento, na sala...
-
Não. Agora não... minha mãe tá chegando...
-
Ninguém mandou você demorar. Tô aqui te esperando faz um tempão, tô muito a
fim...
-
Mas... a minha mãe, meu pai, não...
-
E daí? Somos namorados, não somos? Te quero muito, menina, muito, muito!
E
lá se foi a minha calcinha, pela segunda vez em menos de meia hora.
Abri
as pernas... e lá vinha outra lança.
- Hummmmmm! Ri... Gui...
Guiga... Meu amor! Te amo! Te amo!
Quase!
Foi
vapt vupt outra vez, realmente a minha mãe estava para chegar.
Ele
deve ter ficado só meio satisfeito, mas eu... eu já tinha dado duas.
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