Galeria Contos com PIX
contos eróticos com qualidade...
Acho que fiz uma despedida
de solteira
Vivido por: Nadir G.(2001)
Jaguaré - São Paulo - SP
Transcrito por: Anna Riglane
Era um domingo, três meses
antes da data marcada para o meu casamento...
...
Eu
não devia estar contando certas coisas ou, na verdade, eu não podia ter feito
certas coisas.
Mas
fiz, foi tão inesperado, tão surpresa... e tão maravilhoso que, simplesmente,
preciso contar, nem que seja para eu mesma.
Começa
que a única vez que eu tinha transado com um desconhecido foi numa festinha,
com o primo de uma amiga minha.
Quer
dizer... nem era tão desconhecido assim, e também, para ser bem exata, nem foi
uma transa de verdade. Foi, vamos dizer, um amasso daqueles bem bravos, no qual
rolou uma breve penetração, em pé mesmo. Gozei, mas não foi assim aqueeeeela
transa.
...
Contando
um pouco da minha vida, o Pipoca foi o meu primeiro namorado. Começamos ali
pelos meus 13 anos e meio e fomos até pouco depois que fiz 15, mas não fooooooomos,
pois não passamos de um simples namorinho sem quaisquer avanços mais grávidos.
O
Márcio, ao contrário, já chegou comendo.
Eu
já conhecia ele enquanto ainda namorava
o Pipoca, havia no ar alguma atração, mas nunca tivemos nada.
Eu
era bem fiel ao Pipoca, até o dia em que vi o Pipoca com duas sirigaitinhas na
Estação Tiradentes do Metrô. Isso mesmo, duas.
E
ele estava beijando as duas.
Cancelei.
...
Cancelei
o Pipoca, mas até hoje não consegui esquecer o lance.
Eu
estava com a minha tia, visitando o Museu de Arte Sacra, ali por perto da
Estação da Luz, Tiradentes etc.
Fomos
pegar o Metrô para voltar para casa e vi os três, ele de mãos dadas com as
duas, o que já me causou grande revolta.
Mas
a coisa piorou quando descemos para a plataforma, pois mesmo havendo quase
ninguém na estação, os três foram se distanciando até chegar bem lá na ponta da
plataforma, onde não havia ninguém mesmo... e eu de olho.
Começou
então e espetáculo, os três se abraçando, se beijando, um agarra-agarra que só.
Vai
comer, pensei.
Mas
qual delas?
As
duas?
Vai
comer ali mesmo na plataforma?
Foi
quando ouvi, todo mundo ouviu, e eles também, um enorme
Psiu!!!
que
ecoou por toda a estação.
Foi
forte mesmo, assustando meio mundo e separando os três na hora.
Descobrimos
ou deduzimos, depois, a tia e eu, que o psiu tinha saído do sistema de som da
estação.
Quer
dizer, algum funcionário viu a sem-vergonhice pela câmera e fez o psiu para
acabar com a alegria deles.
Ficaram
comportadinhos, olhando para cima, procurando a origem daquele psiu, até que pegaram
o trem, e não vi mais. Nosso trem era no sentido contrário.
E
não vi mais o Pipoca naquele dia porque, se eu estava morrendo de vontade de
chegar neles e dar um esporro nele, o susto deles por causa do psiu acabou me
fazendo rir.
E
também não vi mais... quer dizer, vi uma vez, quando ele veio me ver... porque então
detalhei tudo, exatamente como contei acima.
-
Ah...! Não liga não. Eram só duas putinhas.
-
Duas putinhas!? E você anda com putinhas? Suma da minha frente! Suma!
Fui
dar pro Márcio.
...
Pera
aí!
Não
foi bem assim.
Verdade
é que nem tive tempo de ficar triste por causa do Pipoca, porque eu tinha o
Márcio... quer dizer, pensava em ter o Márcio, se ele quisesse me namorar.
-
Namorar, namorar, não estou muito a fim não. Esse negócio de compromisso... não
sei... Mas a gente pode ficar, o que acha?
-
Acho que você é um sem vergonha.
Um
adorável sem vergonha, descobri em menos de duas semanas.
Logo
na primeira vez que ficamos ele me deu um amasso tão abrasivo, que pensei que
fosse me comer. Cheguei em casa toda arrepiada.
Na
segunda vez, outro amasso de quase me fazer errar o caminho de casa... e ele
falou que queria me comer.
Na
terceira vez... na terceira vez ele me comeu.
Mas
não me comeu simplesmente. Foi tipo, assim...
Nossa!
Que
primeira vez maravilhosa eu tive!
Na
casa dele, no quarto dele, na cama dele!
Inesquecível.
Ele
me beijou bastante, foi tirando minha roupa aos pouco, tirando e beijando,
tirando minha camiseta e beijando, mordiscando, tirando minha calcinha e
beijando, lambendo.
-
Máááárcio!
E
me penetrou com uma delicadeza, uma suavidade... nem parecia que era a minha
primeira vez.
E
se preocupou em me dar todo o prazer, me fazer gozar uma vez, duas, três.
E
pediu para fazer anal.
-
Tá besta, é?
Mas
a verdade é que ele não foi me pedindo anal assim, logo de cara, foi só lá pela
sexta ou sétima vez que a gente se encontrava, quando, espertamente, ele sabia
que eu já estava caidíssima por ele.
Mas,
mesmo assim, bem apaixonada, resisti, chantageei... quer dizer, tentei
chantagear.
-
Só se a gente namorar.
-
Aí deu ruim... não vou comer nunca.
-
Mesmo? Mas por quê? O que você tem contra a gente namorar?
O
que ele tinha ou tem contra, não sei, nunca descobri.
Mas
sei que ele comeu.
Foi
me convencendo um pouco num dia, outro pouco no outro dia, até que...
Frente
e verso.
Eita
menino!
...
O
tempo foi passando, a gente foi ficando, ele foi me comendo... quer dizer, me
dando aquelas alegrias, fui falando em namoro, ele só pensando nas sacanagens,
até que um dia falei que não dava mais.
Não
dava mais para eu dar pra ele, porque havia conhecido um menino, no último ano
do colegial, o Fábio, ele falou em namoro, eu adorei a ideia, adorei ele... e
falei pro Márcio que a gente não podia mais.
Demos
aquela(s) de despedida, numa tarde bem caprichada, e bye bye.
-
E a minha chave de buça? – ele perguntou, pediu, na penúltima rodada.
-
Seu Puto...! Só me ensinou essas coisas pecaminosas.
-
Coisas pecaminosas! Desde quando chave de buça é coisa pecaminosa? E depois
quero a chave de bunda também... vou ter?
-
Vai... mas é mesmo a nossa última vez, tá.
-
Tá! Fazer o quê? Mas a gente continua amigos, não continua?
-
Claro!
...
Fábio,
Fábio, Fábio!
Me
perdoa.
Namoramos
por dois anos, até o dia em que ele me flagrou tomando um lanche com o Márcio
na praça de alimentação do Shopping Eldorado.
-
Que coisa, menino! A gente só se encontrou por acaso, eu ia tomar lanche, ele
também. É meu amigo, só isso. Não tenho nada com ele, eu juro. A gente se
conhece desde criança. Não posso tomar lanche com um amigo? Não posso...?
Não
podia.
Quer
dizer, acho que até podia, pois do jeito que o Fábio chegou, de boa,
cumprimentando a mim e ao Márcio, e só depois, entre nós dois, me perguntando
quem era ele... do jeito que ele chegou.
Acho
que se eu tivesse simplesmente falado que era um amigo e que estávamos tomando
um lanche juntos, tudo teria ficado por isso mesmo.
Mas
como, assustada e nervosa com o flagrante, fiquei me defendendo, inventando
desculpas e tudo o mais...
Quem
muito se defende sem nem mesmo ser acusado, é porque tem culpa.
E
realmente, o Fábio não tinha me acusado de nada, ele só tinha perguntado.
Mas
o caso é que eu tinha culpa, sim... pelo menos umas oito ou nove culpas, das
oito ou nove vezes que havia ficado o Márcio, fazendo aquelas coisas, na casa
dele durante os dois anos de namoro com o Fábio.
E
ia ter culpa mais uma vez naquele dia, se o Fábio não chegasse a tempo.
...
-
Você estragou o meu namoro. – foi o que fiquei falando para o Márcio, durante
um ano e pouco em que fiquei sem namorado e ia me encontrar com ele.
-
Eu que estraguei? Você também tem culpa.
-
Não me fale em culpa. E a gente não se vê mais, tá bom? Aproveita hoje que é a
última vez.
-
E sou só eu quem aproveita, é? É?
-
Seu puto!
-
E a minha chave de buça?
-
Seu puto... puto!
...
Foi
por essa época que, numa festinha na casa de uma amiga, fiquei com o primo dela
e tive uma quase transa... ou foi uma transa, não sei.
Foi
a minha única aventura sexual... quer dizer, o único encontro casual que tive.
...
Nunca
mais tive qualquer encontro casual e também parei realmente com o Márcio, e
dessa vez pra valer, depois que, já na faculdade, conheci o Eduardo, nos
apaixonamos... ficamos.
Nos
apaixonamos mais um pouco, começamos a namorar, e nos apaixonamos mais ainda.
Um
namoro sério mesmo, caminhando para noivado, casamento, filhos.
Ainda
mantinha contato com o Márcio, mas só contatos, ele nem falava mais sobre o
nosso passado, e nem eu ia permitir que falasse, e fomos ficando só na amizade
mesmo.
Eu
já quase não sentia mais nada por ele.
Em
compensação, ia me sentindo cada vez mais apaixonada pelo Eduardo... e
falávamos em casamento, e planejávamos a compra de um apartamento, e eu já me
via dona de casa, com filhos...
...
Compramos
o apartamento, marcamos o casamento, e reencontrei o Márcio.
Foi
coisa do destino, eu acho. Mas teve outras coisinhas.
Estava
voltando da Rua São Caetano, onde tinha ido experimentar o meu vestido de
noiva, quando resolvi pegar o Metrô na Estação Tiradentes.
Nem
acredito, mas só fui até aquela estação porque resolvi lembrar o dia em que dei
o flagrante no Pipoca.
Aquele
“psiu” e o susto que os três levaram eu nunca mais esqueci.
Fui
lá para relembrar mais claramente.. e encontrei o Márcio.
-
Menino!
-
Menina!
E
conversa, e conversa, e ele foi me acompanhando, até quase em casa, sabendo do
meu casamento, brincando que queria ser convidado, e...
-
A gente podia se encontrar.
-
Se encontrar?
-
É, tipo assim, uma despedida.
-
Tá besta, é?
...
Era
um domingo, três meses antes da data marcada para o meu casamento.
Eu
ia encontrar o Eduardo na casa da irmã dele, às quatro horas da tarde, que era
aniversário de 11 anos da sua sobrinha.
Marcamos
lá.
Eu
ia me encontrar com o Márcio às 11 horas
da manhã, numa certa estação do Metrô, que ia ser a nossa despedida... a minha
despedida de solteira.
Marcamos
lá.
-
A gente almoça no motel, fazemos a nossa despedida, depois te levo até a casa
ou perto da casa da sua futura cuinhada.
-
Seu puto!
Puto
mesmo, pois não sei como ele me convenceu a fazer uma despedida de solteira só
entre nós dois...
-
Uma última vez antes da prisão matrimonial. – ele dizia.
Realmente,
não sei como ele me convenceu ou, na verdade, se fui eu que me convenci.
-
Por não?
...
E
foi, naquele domingo, então que aconteceu uma sequência de coisas que fica até
difícil contar.
Eu
caminhava pela rua, já bem próximo da estação onde tinha combinado com o Márcio.
Eu
apertava o passo, porque estava armando chuva, um temporal se formando, quase começava
pra valer.
Vento
que soprava, papéis e outras coisas que voavam de um lado para outro, os
primeiros pingos de chuva, eu de vestido meio longo, segurando para não levantar.
Precisava
atravessar a rua e dei uma meia corrida até uma faixa de pedestres.
Quase
fui atropelada.
Fui
sem olhar, sem nada, só pensando em chegar logo à estação, e nem vi que vinha
vindo um carro.
Sorte
que o motorista me viu e freou, quase em cima.
Que
susto!
Mas
susto mesmo foi que, quase ao mesmo tempo, deu um trovoada tão seca, mas tão
seca, daquela de zumbir os ouvidos, e...
Quando
vi, já estava dentro do carro.
Nem
sei como entrei.
E
também não sei no que o meu vestido enroscou, fazendo um rasgo que me deixou
com as pernas de fora.
Foram
momentos de...
Não
sei que momentos foram.
Fiquei
olhando para o motorista.
O
motorista olhando para as minhas pernas.
Até
que consegui falar.
-
Me desculpa, mas é que morro de medo.
-
Mas quem não tem medo de um raio desses? – ele perguntou, com uma voz que quase
me derreteu mais do que teria derretido o raio.
Falou
e encostou o carro na guia.
-
Você se machucou? Deixa eu ver...
-
Ver o quê...? Já está olhando e...
Prábaláááá
Outro
raio.
Um
clarão dos infernos, aquele estalido...
Me
agarrei nele.
Me
soltei dele, sem saber o que dizer, o que fazer.
A
chuva começou forte, o vento mais forte ainda, e ele começou a movimentar o
carro.
-
Vai dirigir? Não dá par enxergar nada.
-
As árvores... perigoso... com essa ventania... – ele falava, com frases
entrecortadas, enquanto prestava atenção no trânsito.
Na
verdade, nem trânsito havia, só estávamos nós na rua, e logo nem nós, pois,
quando vi, ele estava entrando com o carro num prédio residencial.
-
Moro aqui. – ele explicou, diante do meu olhar de interrogação.
E
entendi, mesmo sem ele falar, que o melhor mesmo era estarmos num lugar
protegido, até o temporal passar.
Entendi
e...
O
Márcio que me esperasse.
A
minha despedida de solteira que esperasse.
Mas...
O
Márcio ficou esperando, eu não.
...
-
Deixa eu ver esse vestido... se dá para costurar. – ele me disse, já na sala de
um apartamento.
-
Você mora aqui?
-
Sim, sim.
-
Sua mulher?
-
O que tem a mulher que não tenho?
-
Anh!?
-
Moro sozinho... eu e minha mãe, cuido dela, ou ela cuida de mim, não sei. Ela é
quem tem essas linhas e agulhas. – foi falando, caminhando até um quarto, e
voltando com uma cestinha de costura.
Lá
fora, trovoadas e mais trovoadas.
-
Vai acabar o mundo. – falei, sentando no sofá, a pedido dele, que se ajoelhou
perto, par olhar o vestido...
e
as minhas coxas.
-
Vai mesmo. Mas ainda bem, não é?
-
Ainda bem o quê?
-
Ainda bem que deu tempo da gente se conhecer antes do mundo acabar. Já imaginou
se a gente não se conhece?
-
E daí? Qual o problema?
-
Não é problema, mas eu ia morrer triste, ia ficar magoado com o dono do mundo
por ele não ter me permitido antes de acabar com o mundo e...
-
Quer tirar a mão da minha perna, por favor?
-
Não é perna, é coxa. E só estou costurando o seu vestido.
-
Mas precisa por a mão?
-
Claro que precisa! A não ser que você tire o vestido.
-
Engraçadinho.
Pooooooow!
Mais
uma trovoada seca daquelas e até esquecia que ele estava com a mão na minha
coxa, deslizando a mão, levando a mão até a minha...
Esqueci?
Não
sei.
Só
sei o efeito da trovoada foi que comecei a me excitar com aquela mão se
aproximando do meu sexo, da minha xana...
E
só não chegava mais perto porque minhas pernas estavam fechadas e travadas.
Mas
não por muito tempo.
Mais
uma trovoada e minha cabeça acendeu.
Lembrei
do Márcio, que devia estar me esperando.
Esqueci
do Márcio.
SE
EU IA FAZER UMA DESPEDIDA DE SOLTEIRA COM O MÁRCIO... PORQUE NÃO FAZER COM ELE?
EU JÁ ESTAVA ALI, ELE ESTAVA ME QUERENDO...
POR
QUE NÃO?
Chave
de buça.
Chave
de buça.
Destravei
as pernas.
Chave
de buça.
Isso
batia tão forte quanto as trovoadas na minha cabeça.
Chave
de buça.
O
Márcio havia me ensinado essa coisa de contrair a vagina, enquanto ele eriçava
o pênis. A gente ficava naquela brincadeirinha, antes ou depois do orgasmo...
Ele
eriçava, eu contraía.
Eu
contraía, ele eriçava.
Parecia
uma prova de amor.
Mas
o Márcio nunca me amou, só queria mesmo me comer.
Sua
sinceridade sempre me cativou.
E
naquela hora, naquele momento, um pouco depois, talvez, enquanto os raios
teimavam e me dar sustos, era para eu estar com ele, em cima dele, embaixo
dele... chave de buça.
E
eu estava com outro.
Plááááá
Outro
raio, talvez o último que eu tenha ouvido, e eu já sabia, já sentia, já me
excitava em dobro, em triplo, só de pensar que, se era para ser uma última vez
antes da prisão matrimonial, então nada melhor do que ser com alguém diferente,
alguém novidade.
Lembrei
do primo da minha amiga, nós dois em pé na lavanderia do apartamento... havia
sido uma novidade.
Voltei
às trovoadas... quer dizer, à realidade.
Eu
estava ali, num apartamento estranho, num sofá estranho, com um estranho.
ERA
MAIS DO QUE NOVIDADE.
ERA
UM DESPEDIDA DE SOLTEIRA.
Nem
tirei o vestido.
Ele
tirou minha calcinha.
Nem
deitei, fui de cavalinho na primeira.
De
quatro na segunda.
De
cavalinho novamente na terceira... chave de buça. Pena que ele não correspondeu
eriçando o pênis.
-
Nossa, menina!
Só
ficou dizendo isso... com a novidade.
...
Um
pouco mais de duas horas depois, quando as tempestades, a do tempo e a nossa,
haviam cessado, ele me deixou perto da minha casa, para eu trocar o vestido e
então ir à festinha da sobrinha do Eduardo.
Queria
saber qual era a minha casa... não falei.
Pediu
meu telefone... quase dei.
Mas
achei melhor não dar...
Lembrei
que três meses depois eu estaria casada.
Mais contos em
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