Volume 07
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Sabia que aquela brincadeira não ia dar certo, mas mesmo assim fui entrando na conversa, fui ganhando confiança e um dia, quando eu menos esperava, dancei.
Mas foi bem feito, como disse minha mãe. Foi um castigo por eu não saber controlar os meus instintos, por não saber me contentar com uma única pessoa.
Mas pobre de mim. Só tive um namorado na vida, pelo menos até aquelas coisas começar a acontecer. E tudo o que eu queria era apenas me divertir um pouco com alguém que apesar de não ser o meu namorado, era uma pessoa que eu adorava.
Essa pessoa era um colega de trabalho. Desde o primeiro dia, quando ele passou pela minha mesa, senti alguma coisa mexer em mim. Mas não era nada demais, apenas uma sensação de que ele era alguém diferente, amável, sei lá.
E era verdade. Enquanto os outros rapazes e até mesmo homens mais velhos só ficavam jogando cantadas baratas, ele sempre me tratou de um modo muito especial, como uma verdadeira amiga.
Os outros me convidavam para sair, me davam presentinhos baratos, ficavam falando de suas aventuras e tudo o mais; ele não. Ele falava de si mesmo, da sua vida, da sua namorada, perguntava de mim, do meu namorado.
E saíamos parta tomar lanche juntos ou então ele me dava uma carona de vez em quando, mas sempre numa boa, no maior respeito.
Até que pintou uma saída geral da turma, isto é, o pessoal marcou de tomar cerveja e acabei sendo convencida a ir também. Sondei meu namorado e o que ouvi não me animou muito.
- Sei o que costuma acontecer nessas saídas. - ele disse.
Entendi que ele estava dizendo que preferia que eu não fosse. Acabei indo escondida. E não aconteceu nada do que ele havia falado. Meu amigo me trouxe em casa e só.
Mas na semana seguinte, na firma, fiquei ouvindo os papos de uns e de outros, dizendo quem tinha caído bêbado, quem tinha saído com quem, e outros coisas mais. É que o pessoal, do bar onde estávamos, depois que fui embora com meu amigo, esticaram para outros locais, alguns para motéis.
Eu imaginava que devia ser gostoso sair assim, me divertir um pouco, mas tinha a certeza de esse tipo de coisa não era para mim, moça séria, fiel ao namorado.
Mas saí uma segunda vez com a turma e do barzinho fomos a um outro local, para dançar. Ali fui beijada pelo meu amigo. Pedi para ir embora e ele me levou para casa. Falei que aquilo não deveria ter acontecido e ele pediu desculpas, dizendo que tinha acreditado que eu pudesse estar a fim de me divertir um pouco.
- Você sabe. - ele disse. - O pessoal costuma sair e depois formam os casais, vão cada um para um canto. Isso é normal.
Mas não era normal para mim. E não era normal também estar conversando com ele dentro do carro na porta da minha casa naquele horário da noite. Por isso mandei-o embora.
No dia seguinte, tremia de medo que meu namorado tivesse descoberto alguma coisa. Quando ele veio me ver, fiquei alguns minutos assustada, esperando que de repente ele começasse a falar. Mas nunca soube de nada. Só viria saber de alguma coisa muito tempo depois, após outras saídas minhas.
Na semana seguinte fui pedir desculpas ao amigo por tê-lo mandado embora e ele foi compreensível o bastante para que eu me sentisse propelida a prometer uma nova saída com ele.
- Mas só como amigos. - eu disse.
- Mas a turma também saí só como amigos. - ele falou.
- Sim. E vão para motéis como amigos também?
- É. E qual o problema? Vão apenas se divertir um pouco.
- Pois é por isso que estou fora. Tenho namorado, sou virgem e...
- Mas nem todos vão transar.
- Como assim?
- Muitos só vão brincar.
Passaram-se algumas semanas e de conversa em conversa, além de algumas caronas e outros lanches com esse meu amigo, fui entendendo que brincar seria ir para um motel, mas não transar, apenas dar uns pegas mais à vontade. E fui entendendo também que embora esse tipo de brincadeira não deixasse de ser uma traição para com o meu namorado, pelo menos era algo que ele não iria descobrir. Eu estaria virgenzinha para ele quando fosse nossa hora.
E então aconteceu que meu namorado chegou em casa bravo num certo dia. Alguém tinha visto eu chegar em casa de carro várias vezes e tinha contado para ele. Eu quis dizer que era mentira, mas me enrolei mais ainda, pois ele disse que tinha vigiado minha casa e ele próprio tinha visto, no dia anterior. Disse também que só não chegou para brigar na hora porque não queria passar vergonha.
Foi uma luta para convencê-lo de que não havia nada de mais naquelas caronas, mas acabei obtendo a sua compreensão. Minha mãe foi quem me passou o sabão maior, dizendo no final que pelo menos eu aprendesse a lição.
Mas aprendi? Claro que por algumas semanas eu me comportei como a menina mais fiel do mundo, dispensando sistematicamente qualquer carona e até mesmo os lanches com o meu amigo. Só ficaram mesmo nossas conversinhas dentro da firma. E nessas conversinhas, depois que fui esquecendo o susto que havia levado, fiquei toda eufórica com a ideia de ir brincar com ele num motel.
- A gente não precisa sair com a turma. Você não precisa chegar tarde em casa. Eu te pego ali no ponto de ônibus e a gente vai, rapidinho...
- Mas é só para brincar? Certo?
Enquanto se aproximava o dia, eu ficava mais eufórica e mais nervosa. Vibrava com a ideia de ir brincar com o meu amigo, morria de medo de que meu namorado estivesse me seguindo e nos visse e também temia não me segurar apenas nas brincadeiras. Por isso tomei uma decisão.
- A gente vai brincar sem tirar a roupa, não é? - perguntei para o meu amigo, depois de ter entrado em seu carro, alguns minutos depois de haver saído da firma.
- Pra quê? - ele perguntou. - Se a gente vai estar lá bem à vontade!
- Pois esse é o meu medo.
Mesmo assim, uns dez minutos depois estávamos entrando num motel, um tipo de local que eu não conhecia. Mas na minha cabeça eu tinha a idéia fixa de que em hipótese alguma eu tiraria a calcinha. Assim eu estaria protegida. E não tirei mesmo.
Tão logo entramos no quarto e começamos a nos abraçar e beijar, ele foi tirando sua roupa e também a minha. Mas quando chegou na calcinha eu o parei.
- Você não se importa, não é? Afinal, vamos apenas brincar, não vamos?
Ele concordou e nos atracamos. Em alguns minutos sua mão já estava debaixo da minha calcinha, mexendo na minha periquita. Senti que era por ali que eu chegaria à perdição, pois logo eu estaria fora de controle e então nada mais me seguraria. Mas amigo como ele era, mostrou-me outro caminho.
- Goza! - Ele dizia, mexendo em meu grelo. - Goza!
Eu nunca tinha gozado com o meu namorado de forma aberta, isto é, nunca deixei ele perceber quando eu estava gozando. E também ele nunca tinha falado para eu gozar, quando mexia nela, e muitas vezes, me deixava desesperada, pois parava antes que eu conseguisse.
Mas agora meu amigo iria ver eu gozar. Será que eu teria coragem de me soltar junto dele? Tive. Fiquei ouvindo sua voz dizendo para eu gozar e sentindo seu dedo mexendo em meu grelo. Fui ficando descontrolada, fui sendo invadida pela sensação maravilhosa que antecede ao orgasmo e fui desejando ser penetrada. Agarrei sua mão e empurrei-a um pouco mais para baixo.
- Enfia! Enfia! - eu gritava, abrindo as pernas para que ele enfiasse seu dedo em minha vagina.
Foi o orgasmo mais louco da minha vida. Quase chorei depois, numa forma estranha de aproveitar o prazer.
- Está vendo como a gente pode brincar numa boa. - disse ele. - Agora você faz para mim.
Deitada ao seu lado, peguei o seu pênis, e comecei a masturbá-lo, do jeito que eu costumava fazer para o meu namorado há já algum tempo.
Assim como eu, ele também foi ficando descontrolado e alguns minutos depois pedia para eu ir mais rápido, para apertar. Sujou a nós dois. Meu namorado gozava dentro da própria calça, mas ele não. Espirrou tudo para cima e depois veio a chuva.
Descansamos, conversamos, bebemos um gole de Martini, comentamos o quanto aquilo tudo era gostoso e então começamos novamente.
Mas desta vez ele não foi com a mão em mim. Quer dizer, foi com a mão apenas para puxar a calcinha para o lado. Sua língua é que carinhou meu grelo. Quase morri de tesão, pois nunca tinha sentido aquilo.
Mas antes que eu gozasse uma segunda vez, ele parou e pediu para eu fazer para ele. Ficou deitado de barriga para cima e ofereceu-me o seu pênis para eu chupar. Eu já havia dado umas chupadinhas em meu namorado, mas sempre rapidinhas, sem tirar tudo fora da calça. Mas naquela hora eu tinha um pênis inteirinho para chupar, para passar a língua, para pegar.
E para me esfregar.
Loucura! Mas depois de chupar um pouco, depois de perceber o tesão que eu estava causando nele, fui ficando excitadíssima com a ideia de encostar um pênis em mim pela primeira vez.
Subi sobre ele, puxei a calcinha para o lado, e fiquei esfregando.
- Que gostoso! - eu dizia, olhando para ele.
- Brinca mais. Brinca bastante. - ele falava. - Esfrega! Esfrega!
Fui esfregando. Primeiro no grelo, dando passadas lentas ou passadas rápidas. Depois, na vagina, sentindo a cabecinha quase entrando.
Fui esfregando, esfregando, enlouquecendo, esfregando...
Ele também foi esfregando, segurando o pênis e passando em mim, procurando minha entrada, roçando nela, fazendo entrar só um pouquinho, afastando-se dela, chegando nela de novo, esfregando.
Ele esfregando.
Eu esfregando.
Entrou.
Por nada nesse mundo eu sairia de cima dele naquele momento. Por nada eu tiraria seu pênis da minha vagina.
Ou melhor, tirei sim. Me afastei, assustada. Ele ainda me segurou e nos esfregamos mais um pouco, mas longe da minha portinha. Naquele dia foi só mais um pouco.
Mas na semana seguinte estávamos lá novamente, e na outra também. Por várias vezes sua cabecinha entrou na minha portinha. Por várias vezes senti vontade de largar o corpo e deixar entrar tudo, mas sempre tive medo.
Então, num certo dia, quando ir ao motel com ele já era uma rotina para mim, ele propôs uma novidade... Pelo menos para mim era novidade.
- Hoje vamos colocar tudo. - ele disse.
- De jeito nenhum. - falei.
Mas quando eu estava em cima dele, ele pediu que eu tirasse a calcinha.
- Mas eu não quero. - falei. - Eu não posso.
- Pode sim. Vamos enfiar tudo e não vai te acontecer nada.
Foi então que vi na mão dele um pote com uma coisa branca que ele passou em todo o seu pênis. Explicou-me que era vaselina e adivinhei que ele queria comer meu bumbum.
- Isso não! De jeito nenhum. Deus me livre. É nojento. Dói. Não sou esse tipo de moça...
Acho que falei uns dez minutos sem parar. E nesse dez minutos ele não me largou. Fez-me tirar a calcinha, ficar novamente em cima dele, acertar na portinha de traz, esfregar na portinha de trás, cutucar...
- Nunca que isso vai entrar em mim. É muito grosso e...
Bastou ele dar um empurrão para cima, eu dar um grito mais de susto que de dor, para que entrasse a cabecinha.
Fiquei estática, pasmada, com vontade de xingar meu amigo por ele ter forçado, mas depois de algum tempo, fui relaxando, sentindo que não era aquele pavor todo, e então soltei o corpo, deixei entrar até o fim.
Mas... Sinceridade? Não vi motivo algum pelo qual uma mulher possa se sentir encorajada a fazer esse tipo de coisa, a não ser que seja para agradar o seu namorado, marido ou, como no meu caso, o seu amigo.
Fiquei ali, em cima dele, deixei ele se divertir, me sujar, não achei nada horrível, mas também não vi nada de bom. Hoje, muito tempo depois, bem sei que foi o meu nervosismo de primeira vez que não me deixou sentir prazer no sexo anal. Mas naquele dia ou, melhor, naqueles dias, a história tomou um rumo bem diferente.
Na semana seguinte, só concordei em ir para o motel com ele se ele nem sequer tocasse no assunto de sexo anal.
- Vamos ficar naquilo que a gente fazia antes. - eu disse. - Se não for assim, não vou.
Mas foi eu mesma quem mudou tudo.
Lá no motel, quando eu já estava descontrolada de tanto esfregar meu sexo no dele, parei, tirei sua cueca, tirei a calcinha, subi novamente sobre o seu corpo, abri as pernas e deixei meu corpo cair.
Meia hora depois eu sentia novamente vontade de chorar. Mas desta vez já não era o choro do prazer.
- O que foi que eu fiz? - eu me perguntava, enquanto me limpava, vendo seu esperma escorrendo da minha vagina.
É que na hora em que ele foi gozar, gritou para eu sair de cima. Saí, mas ele foi gozando junto e me sujando, um pouco dentro da vagina, outro tanto maior, fora dela.
Fiquei me limpando, com medo que aquele esperma fosse me engravidar.
Meu amigo me levou para casa e, de uma certa forma, eu estava com ódio dele, não queria vê-lo nunca mais. Pensava em como iria receber em casa o meu namorado no dia seguinte. Como explicar a ele o que tinha acontecido, que eu não era mais virgem. E se ele já soubesse?
Mas a raiva para com o meu amigo foi diminuindo com o passar dos dias e nossas conversas continuaram. Mais algumas semanas e essas conversas já eram mais frequentes, desesperadas.
- Ainda não veio. - eu anunciava a ele, a cada dia, todos os dias.
- Você está grávida. - anunciou-me o médico.
- Estou grávida - chorei para minha mãe.
- Que teu pai e teu namorado não saibam disso. - disse ela.
Bobeira! Como é que eles não iriam saber?
Bebedeira, estupro, sem-vergonhice, tudo foi pensado e de tudo eu fui acusada. Até mesmo dizer que devia ter sido algum pinguinho do meu namorado que pulou para mim numa das masturbações...
Tudo foi pensando, mas nada me ajudou.
Meu pai só faltou me colocar para fora de casa. Meu namorado nunca mais veio em minha casa. Só quem veio foi a cegonha, alguns meses depois.
E o meu amigo, aquele anjo que só queria brincar comigo, de repente tornou-se um homem sério, totalmente dedicado à sua namorada e logo esposa.
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